Nessa segunda postagem da série Clássicos, continuo falando sobre o Clássico das Mutações. Somaram-se aos 64 símbolos originais, os textos de três personagens importantes:
O rei Wen e seu filho, o duque de Zhou, fundadores da dinastia Zhou (1046 a.C. a 771 a.C.), responsáveis, respectivamente pelos versos sobre a decisão e pelo texto da linha. E o filósofo Confúcio, autor da grande imagem e da pequena imagem, além de escrever As Dez Asas, o conjunto de comentários acerca do clássico. Assim, atualmente, para compreender o clássico, estuda-se os textos diretamente associados a cada hexagrama, que descrevem um símbolo e as diferentes nuances da situação em função da presença de linhas móveis no hexagrama, fundamentais na consulta oracular, mas também os tratados de caráter mais geral. É apenas com a familiaridade com o simbolismo dos hexagramas, ganha com o tempo, com a contemplação do seu sentido, e com a prática oracular, que o Clássico das Mutações (Yìjīng 易經) vem gradualmente a se revelar. Torna-se uma ferramenta viva com a qual se pode dialogar em busca de sabedoria.