Nessa postagem nova postagem da série medicina chinesa, abordaremos um outro método antigo da medicina chinesa, cujos primeiros registros datam da dinatia Han (220 d.C): Guāshā (刮痧), a raspagem da pele com um instrumento, revelando estagnações de sangue. Frequentemente se utiliza uma espátula especial de chifre de búfalo ou boi, mas também pode ser utilizada uma colher de cerâmica, uma peça de jade ou uma moeda. Há também espátulas feitas de pedra, bambu, etc.
Segundo a medicina chinesa, a estagnação no nível local decorre de fraqueza na circulação do qì, que favorece a estagnação do Sangue. Essa por sua vez pode ser gerada pela invasão de fatores patogênicos externos, como calor, frio ou umidade. Foram classificados mais de 100 tipos de shā (痧), em função de suas características: forma, cor e sintomas associados.
O método é aplicado principalmente na região do pescoço, ombros, costas no trajeto do canal da Bexiga e do Vaso Governador, mas também atrás dos joelhos, na panturrilha, cotovelo, etc.
O aparecimento de shā (痧) durante e após a raspagem traz alívio imediato do desconforto. O padrão e a localização das manchas, que desaparecem após poucos dias, pode ser utilizado também para fins diagnósticos.