A Eficácia dos Treinamentos: 3. uma explicação com base na medicina convencional

Nesta terceira postagem da série, examinaremos as contribuições das pesquisas da ciência médica convencional, que têm indicado benefícios dos treinamentos que são concretos, mensuráveis e explicáveis em termos do conhecimento científico moderno.

Pesquisas experimentais, que podem ser localizadas nas plataformas de divulgação de periódicos científicos, mas também em alguns livros recentes, têm demonstrado vários benefícios da prática regular de qigong, taijiquan e exercícios similares. Em particular, por sua uma obra recente acessível em português, recomendo o Guia de Tai Chi da Faculdade de Medicina de Harvard (cujo capítulo 1 está disponível nesse link), que sintetiza o resultado de várias pesquisas, disponíveis na literatura científica especializada.

Mais uma ilustração do Baduanjin, acervo do National Palace Museum, Taipei, foto do autor.

Esse tipo de exercício tradicional chinês tem várias vantagens: podem ser praticados durante toda a vida por pessoas de qualquer faixa etária e diferentes condições de saúde; são um recurso barato para a promoção da saúde, prevenção e tratamento de várias doenças; tem um efeito psicossomático; apesar de serem de baixo impacto, trabalham força, flexibilidade, resistência, coordenação motora e capacidade cardiorrespiratória.

Resumo abaixo as conclusões da revisão literatura médica acerca dos benefícios da prática regular, elaborada na segunda parte no Guia do Tai Chi.

É sabido que o risco de quedas, e das fraturas decorrentes delas, aumenta com a idade. Um dos primeiros benefícios da prática regular de taijiquan e qigong é o aumento do equilíbrio, ou seja da estabilidade postural, com consequente diminuição da ocorrência de quedas. Isso se deve a esses exercícios beneficiarem o sistema musculoesquelético, por meio da transferência de peso, mantendo sua força e flexibilidade, especialmente dos membros inferiores, bem como pela ênfase no alinhamento vertical. Além disso, com seu ritmo lento e contínuo, desenvolve a capacidade de propriocepção e a orientação espacial, contribuindo para uma melhor organização sensorial. Por sua diversidade de movimentos, melhora a coordenação dos padrões neuromusculares, o que favorece uma caminhada mais estável e permite uma melhor recuperação de escorregões e tropeços. Ao diminuir a ansiedade e o medo de cair, a prática também favorece os processos cognitivos associados ao equilíbrio.

Além disso, outro benefício é a prevenção da perda de densidade óssea, decorrente do envelhecimento e, no caso das mulheres, da menopausa, até mesmo o aumento da massa óssea com a prática prolongada desses exercícios, que por serem de baixo impacto, podem ser praticados inclusive por pessoas com baixo condicionamento físico e quadros de osteopenia e osteoporose.

Outro aspecto notável da prática é a redução de dores e desconfortos, sejam eles decorrentes de tensão muscular, sejam o efeito de doenças e lesões articulares, ou mesmo casos de dor crônica. Os exercícios suaves alongam e fortalecem os tecidos, além de melhorarem a circulação. O alinhamento postural previne o desgaste das articulações, bem como evita a sobrecarga muscular decorrente do corpo desalinhado. O princípio de “não forçar” ao se exercitar previne lesões. Isso sem falar, dos benefícios psicológicos da prática decorrentes de seu aspecto meditativo, e do apoio social que advém do treinamento coletivo.

Há ainda benefícios cardiorrespiratórios notáveis. A prática regular é um exercício aeróbico seguro, que fortalece o coração, desenvolve a respiração abdominal suave, melhora a oxigenação e a circulação, bem como tem bons resultados na prevenção e recuperação de doenças cardiovasculares.

Por fim, sendo uma atividade meditativa por excelência, o taijiquan (assim como o qigong) é eficaz na redução do estresse, desenvolve a atenção, reduz a ansiedade e a depressão, estabiliza o humor e melhora a qualidade do sono. Por fim, estimula positivamente a neuroplasticidade, mantendo a vivacidade e a lucidez mental até uma idade avançada.

Liu Pailin (1907-2000)

Contudo, mais do que as evidências científicas, o que mais me inspirou a praticar foi o exemplo vivo dos mestres. Tive o privilégio de conhecer o famoso mestre Liu Pailin nos seus últimos anos de vida. Ele transbordava vitalidade com mais de 90 anos de idade. Idoso, mas sem sinais de decrepitude: a pele lisa, os músculos firmes, os olhos brilhantes de inteligência viva e perspicácia, o corpo flexível, um homem cheio de alegria de viver. Enfim, a prova viva dos benefícios do taiji e do qigong.

Medicina Tradicional Chinesa: 7. Dietoterapia


Na postagem de hoje da série medicina chinesa, o assunto é  alimentação. Congruente com outras medicinas tradicionais, os alimentos tem tanto uso preventivo e terapêutico, quanto os maus hábitos alimentares podem ser um fator de adoecimento. Podemos portanto selecionar, preparar e saborear a comida, prestando atenção nas recomendações da medicina chinesa. Assim combinamos o prazer de comer à boa saúde e à longevidade. Os princípios são diferentes da nutrologia e da medicina convencional ocidentais, pois não se trata de calorias nem propriamente da composição química dos alimentos, mas sim das qualidades do seu .  No nível mais elementar, o princípio é nutrir-se de alimentos diversificados das cinco cores e cinco sabores, correspondentes aos cinco movimentos (wǔxíng 五行): metal 金, água 水, madeira 木, fogo 火 e terra 土. Os alimentos também são classificados em função de sua natureza yin ou yang, fria, quente, neutra, etc.

Considerando o uso dos cinco sabores, no Huangdineijing (黃帝內經), o capítulo 4 do Suwen (素問) afirma: “A nutrição dos cinco órgãos deriva dos cinco sabores (picante, doce, ácido, amargo e salgado, que podem ser percebidos como gosto da comida), porém quando os cinco gostos são utilizados em excesso, eles lesam os cinco órgãos”. […] E mais adiante, após explicar as consequências da alimentação desequilibrada, conclui: “Por isso, se os cinco sabores forem adaptados a uma condição harmoniosa sem ingestão excessiva, o corpo todo irá receber ampla fonte de nutrição, e os tendões, ossos, energias, sangue e pele, irão se conservar em condição forte e normal. Portanto, aquele que for bom em equilibrar os cinco sabores, poderá gozar de longa vida”. Em níveis mais elaborados, determinados alimentos podem ser recomendados ou evitados, em função da constituição de 1 paciente, ou a prevenção/tratamento de uma patologia específica.

No entanto, o mundo contemporâneo trouxe outras componentes à relação entre alimentação e saúde, devido ao uso maciço de pesticidas na produção agrícola, bem como de hormônios e medicamentos na produção pecuária, que representam riscos à saúde frequentemente subestimados. Isso sem falar dos alimentos processados, repletos de aditivos químicos para evitar que estraguem antes de serem consumidos ou para tornar sua cor, sabor e aparência mais agradáveis. O desafio agora é que, além de combinar harmoniosamente alimentos diversificados, fonte da vida pós-natal, é preciso saber evitar aqueles alimentos que podem nos intoxicar e adoecer.

Medicina Tradicional Chinesa: 5. Ventosaterapia

Na postagem de hoje da série medicina tradicional chinesa, abordaremos mais uma das terapêuticas clássicas, o uso das ventosas. Ainda que seu uso na China seja atestado desde a antiguidade, não é uma exclusividade da medicina chinesa, sendo conhecido também na antiga medicina grega, na medicina medieval europeia e inclusive aplicada no interior do Brasil na primeira metade do século XX, como tive a grata surpresa de descobrir.  Basicamente, é utilizado um copo, de argila, bambu, chifre, vidro, ou mais, recentemente, de acrílico. Utilizando-se o calor do fogo, o vapor da água fervente ou uma bomba a vácuo, o ar é retirado do copo de ventosa.

ventosa de fogo
ventosa de fogo

Isso cria uma pressão negativa na região do corpo em que ela for aplicada. No contexto da medicina tradicional chinesa, as  ventosas são utilizadas para promover o fluxo de e Sangue no jingluo. Promovem também a remoção de fatores patogênicos externos. Podem ser combinadas com outros métodos como guasha, sangria e acupuntura, segundo as características do caso clínico. Por estimularem a circulação, tem um efeito desintoxicante. A pressão negativa também descomprime os tecidos e, especialmente no caso da ventosa deslizante, relaxa a musculatura. A cor da pele após a aplicação pode ser examinada para fins diagnósticos: basicamente, quanto mais escura maior o nível de estagnação.

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ventosas de acrílico, a vácuo.

Além disso, variações na coloração e na textura da pele também oferecem indicações úteis, da natureza do processo de adoecimento e da resposta ao tratamento. Por fim, a ventosaterapia é também uma técnica prazerosa e relaxante, que prepara o corpo para receber outros tratamentos numa mesma sessão.

Medicina Tradicional Chinesa: 4. Moxabustão

Nessa nova postagem da série, falaremos de outro  tratamento clássico da medicina chinesa. A moxa é um método antigo que utiliza a artemísia, às vezes em combinação com outras ervas medicinais, para queimar, defumar e aquecer certas regiões do corpo, agindo sobre os pontos de acupuntura, os canais e os colaterais. Sua prática está registrada desde o século VI a.C. Originalmente o método mais utilizado era moxa direta, os cones de artemísia aplicados diretamente sobre a pele.

img_4121Nas dinastias Jin e Tang, desenvolveu-se a moxa indireta com interposição de um anteparo (de sal, gengibre, alho ou outra substância) entre o cone de artemísia e a pele. E, por fim, durante a dinastia Ming desenvolveu-se a moxa em bastão. Além desses métodos, há outros como a caixa de moxa, para aquecer uma região maior, ou as agulhas aquecidas com moxa. Mais recentemente, desenvolveu-se um bastão de moxa feito de carvão de artemísia que tem a vantagem de não emitir fumaça. Entre os seus efeitos terapêuticos clássicos estão: remover o Frio, o aquecer os canais, estimular a circulação de e sangue, tratar edemas, desintoxicação, bem como o fortalecimento geral do organismo. A moxa também é recomendada no tratamento de alguns tipos de lesões das articulações. 9af9dbd1-842e-4174-9952-c26f452e2fd7-1Para isso, uma aplicação clássica, considerada um verdadeiro tratamento para longevidade, é a aplicação regular de moxa no ponto zusanli (E36).

Medicina Tradicional Chinesa: 3. As agulhas de acupuntura

Nesta nova postagem da série medicina tradicional chinesa, começaremos a falar de seus métodos. O primeiro deles, talvez o mais característico dessa tradição médica é uso de agulhas especiais para tratar e prevenir doenças. img_4380Voltando ao Clássico Interno do Imperador Amarelo, o capítulo 1 do Lingshu (靈樞) descreve os dois princípios básicos do uso das agulhas: tonificar e dispersar. Isso corresponde à atividade natural do Tao, que tende ao equilíbrio: suprir o que está em deficiência; remover o patogênico que invadiu o corpo do exterior, ou o de um dos cinco movimentos que está em excesso, por motivos constitucionais, alimentares, emocionais, etc. E ensina como manipular os nove tipos de agulhas (existentes na época) e estimular os pontos de acupuntura, dependendo do propósito. Em particular, ao fazê-lo, a obtenção da sensação de acupuntura, déqì (得氣) é considerada fundamental para o efeito curativo da acupuntura. Esse fato, que a chegada ou obtenção do é crucial, mostra que, do ponto de vista tradicional, a acupuntura não é apenas  manipulação mecânica das agulhas. Sua prática possui uma dimensão de qìgōng, dependente da intenção e do  dx acupunturista.

Medicina Tradicional Chinesa: 2. o estudo dos clássicos

Na postagem de hoje, damos seguimento ao tema da medicina chinesa. O Huangdineijing (黃帝內經), Clássico Interno do Imperador Amarelo, é certamente o mais fundamental dos textos antigos de medicina chinesa. E apesar da utilidade dos inúmeros manuais modernos, mais fáceis de ler, e das pesquisas experimentais recentes, que testemunham o desenvolvimento continuado desses conhecimentos, o clássico não se tornou obsoleto. Continua a ser uma referência para reflexão sobre os princípios profundos dessa tradição médica até os dias de hoje. huangdiNo primeiro capítulo do Suwen (素問), o Imperador Amarelo, uma dos imperadores míticos fundadores da civilização chinesa, que teria iniciado seu reinado no ano 2697 A.C., pergunta ao médico taoista Qibo porque os seres humanos do passado eram capazes de viver mais de cem anos em boas condições de saúde, enquanto os de sua época estavam decrépitos aos cinquenta. Obviamente, estamos diante da referência a uma época mítica quando se vivia em consonância com o Tao. E contrasta com a situação histórica na época em que o texto é escrito, na qual o desconhecimento do Tao levava a vidas curtas e adoecimento. Embora o texto seja antigo,  a lição contida na resposta de Qibo é simples e continua atual: conhecendo e cultivando a harmonia de Yīn e Yáng, é possível ter uma vida longa e saudável. Logo, a saúde começa com os hábitos. Um estilo de vida simples e sem excessos, nem de trabalho, nem nos prazeres. Atento aos ritmos do dia e das estações, para regular as atividades em harmonia com as condições naturais e protegendo-se de fatores climáticos prejudiciais. O cultivo do coração tranquilo diante dos acontecimentos da vida, sem euforia diante dos objetivos atingidos e desejos realizados, nem desespero diante das tragédias e frustrações. Portanto, a saúde resultaria de um saber viver combinado à constituição da pessoa. Os tratamentos se tornariam necessários quando saímos do equilíbrio e perdemos a capacidade de fluir com a vida, seja em função de nossos hábitos, sejam em função de acontecimentos que abalam o cotidiano.

Medicina Tradicional Chinesa: 1. A busca do Equilíbrio

  • Esse mês, inicia-se uma nova série de postagens, dedicada à prática da medicina tradicional chinesa. Esses são alguns de seus pressupostos fundamentais:
  • A relação de continuidade permanente entre o corpo humano e os fenômenos naturais: logo, o corpo não é um objeto discreto separado da natureza, mas é influenciado por todos os seus ciclos e processos;
  • A concepção de saúde como equilíbrio de yīn e yáng e equilíbrio entre os cinco movimentos (madeira, fogo, terra, metal e água), a mesma teoria que explica todos os fenômenos naturais se aplica também à saúde humana;
  • O tratamento, como restabelecimento do equilíbrio rompido, baseia-se em métodos que estimulam a própria capacidade autorregulatória do corpo: remove bloqueios que perturbam a livre circulação de e de sangue, supre o que está deficiente e dispersa o que está em excesso.
  • Baseados nesses pressupostos, os métodos empregados se apoiam numa profunda confiança na natureza e no potencial para saúde, desde que se adote um modo de vida favorável ao cultivo da saúde, em vez de meramente combater a doença quando já se instalou.
  • Modo de vida taoista: 5. Meditação

    Nesse post sobre modo de vida taoista, o assunto é meditação. Embora haja diversas maneiras de praticar o Tao, em conformidade com as características de cada praticante, várias linhagens oferecem métodos contemplativos. A meditação é uma maneira de atualizar em nós os princípios taoistas, como  harmonia de yīn e yáng, e a não-ação (wúwéi ), entre outros. O corpo humano, como pequeno universo, ressoa com a natureza. A meditação é ao mesmo tempo uma prática de cultivo da vida e de cultivo do espírito. Sentando em silêncio regularmente, treinamos a serenidade e equilibramos nosso qì. É dito que todas as doenças começam no coração. E a meditação é o principal método para cultivar um coração límpido, tranquilo e amoroso. Assim, a meditação é uma prática de prevenção e promoção de saúde, pois mantém a união de yīn e yáng no ser humano, reduz as tensões e desequilíbrios,  remove os bloqueios, antes que se manifestem como doenças.  E ao mesmo tempo é uma prática de serenidade. A manifestação do sucesso na prática é a capacidade manter-nos assim também nas situações cotidianas, inclusive, em circunstâncias desfavoráveis, fazendo o que é necessário, mas sem se agitar.

    Mestre Liu Pailin recomendava a prática diária da meditação Sentar na Calma, ressaltando seus benefícios para a saúde e a promoção da longevidade, assim como sua importância para o cultivo do Tao. Como detentor da transmissão de várias linhagens taoistas, nas décadas em que residiu no Brasil, entre o final dos anos 70 até o ano 2000, ensinou vários métodos, como a circulação dos Seis Centros, dos Oito Vasos Maravilhosos, da Via Láctea, entre outros, mas sempre enfatizou o poder e os benefícios do método mais básico e fácil de meditação taoista: o Abraço do Taiji, cultivar a união de Céu e Terra, Fogo e Água, na região do umbigo. Praticando a mais completa serenidade nesse abraço, até esquecer-se de si mesmo.

     

    Modo de vida taoista: 4. Medicina tradicional chinesa

    Outro aspecto integrante do modo de vida taoista é a medicina tradicional chinesa. Ao longo da história do taoismo, o estudo e a prática da MTC foram importantes aspectos dessa tradição, como forma de praticar uma atividade compassiva e como parte do cultivo da vida. O estudo da massagem, acupuntura, moxabustão, ventosaterapia, fitoterapia, dietoterapia e outros saberes da medicina tradicional faz parte do currículo de muitas linhagens taoistas. Mesmo para quem não deseja exercer a MTC, seus conhecimentos se integram à vida cotidiana, em primeiro lugar como medicina preventiva, que visa manter o equilíbrio entre os cinco movimentos (metal 金, água 水, madeira 木, fogo 火 e terra 地), preservando a saúde integral e proporcionando vida longa com qualidade. Há recomendações sobre estilo de vida, de modo a desfrutar da alegria de viver ao mesmo tempo em que nos mantemos saudáveis. Um exemplo é a aplicação do conhecimento da grande circulação dos 12 ramos terrestres (地支), que rege os 12 meridianos ordinários do corpo humano para selecionar os horários das atividades do dia, mas também ao longo das estações do ano e fases da lua: treinamentos, refeições, trabalho, descanso, tratamentos, etc. Cada período de duas horas do dia é regido por um dos ramos terrestres, que correspondem a um dos zangfu e seu meridiano correspondente. A cada um dos doze horários de duas horas de duração, a circulação de qì estará no seu apogeu no canal correspondente. Assim por exemplo, no horário da madeira (23:00-3:00) o ideal é dormir para recuperar o qì da Vesícula e do Fígado. No horário mais quente do dia (11:00-13:00), pertencente ao coração, o ideal é treinar a serenidade, alimentar-se ou repousar. Aliás, o modo de vida como um aspecto da saúde está em consonância com o conhecimento médico moderno: muitas doenças crônicas resultam de hábitos e condições cotidianas e não apenas de propensões hereditárias.

    copa das árvores
    próximo à mata galeria do parque Olhos d’água, foto do autor.

    Além disso, para o pensamento clássico chinês, o corpo e a natureza não estão separados: possuem uma relação de correspondência. Por outro lado, há uma relação de determinação recíproca entre o qì dos órgãos e vísceras e as emoções.  Ou seja, o equilíbrio emocional é ao mesmo tempo um fator de promoção de saúde e um indicador de uma condição saudável. Quando entramos em desequilíbrio diante de situações de vida, o repertório da MTC está disponível para restaurar o equilíbrio temporariamente rompido.